INDISCIPLINA
E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA ESCOLA
Quando o assunto é indisciplina dos alunos e
atitudes de rebeldia e agressões, há a necessidade de mudanças paradigmáticas
profundas na escola enquanto comunidade. A postura tradicional de onipotência
por parte do educador, mesmo quando se coloca para ajudar o outro (o qual é
visto como impotente e incapaz de resolver seus problemas), é um modelo
inadequado para alcançar soluções. Entender os motivos, os porquês que estão por
detrás de cada fala, do que as pessoas dizem, é a chave na resolução dos
conflitos. O respeito, a responsabilidade e a cooperação são fundamentais. Na
mediação de conflitos dentro da unidade escolar o professor não pode ser o
protagonista, deve considerar que não está sozinho nesse processo, e por essa
razão deve trabalhar em equipe.
A negociação e o diálogo são vitais para entender o porquê.
Faz-se necessário neste novo paradigma compreender primeiro e não apenas
penalizar, saber escutar as razões. O conceito de culpa deve ser mudado para o
paradigma do conceito de responsabilidade. Em mediação escolar não há culpa, há
uma corresponsabilidade. Quando há responsabilidade há reparação, pois a culpa
não resolve nada, apenas paralisa e exclui.
A corresponsabilidade leva à
reparação por meio da ação do que foi feito. Culpa ou castigo envolve
exclusão e rótulos, a responsabilidade não.